Com o objetivo de otimizar a cobertura
vacinal no Brasil e atender melhor a população, o Ministério da Saúde
alterou doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e
pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite e o número e doses da
vacina de HPV, que não será mais necessária a terceira dose. Os postos
de saúde de todo o país já estão com novo calendário de vacinação para
2016.
Confira as mudanças do calendário:
As mudanças são rotineiras e seguem os
avanços dos estudos relacionados à imunização. “O Ministério da Saúde
avalia constantemente os estudos que acontecem após a liberação das
vacinas. Quando há a liberação pela Anvisa, os estudos são feitos com
grupos menores, com cerca de 20 a 30 mil pessoas. Então, os laboratórios
estabelecem um esquema rígido para garantir a eficácia da vacina. A
medida em que a vacina é introduzida nos programas de imunização e há um
grande quantitativo de pessoas, os pesquisadores começam a acompanhar o
comportamento na população em geral. Assim avalia-se se as doses
iniciais eram suficientes, se há necessidade de um reforço adicional ou
se inclusive pode-se diminuir o número de vacinas com a mesma eficácia”,
explica Carla Domingues, Coordenadora do Programa Nacional de
Imunização(PNI).
Carla Domingues explica que a mudança no
esquema vacinal da poliomielite substituindo uma dose oral por uma
injetável aconteceu pela composição de cada tipo. “A vacina injetável
usa o vírus inativado e a vacina oral usa o vírus atenuado. A vacina
oral ainda é utilizada, pois quando vacinamos um grande número de
crianças, a criança imunizada tem a possibilidade de expelir a vacina no
ambiente. E quando um grande número de crianças vacinadas ao mesmo
tempo cria um fenômeno chamado de vacinação de rebanho. Se 95% crianças
foram vacinas, 5% que não foram podem ser imunizadas pela a vacina está
circulando no meio ambiente”.
VACINAS – Atualmente, o
Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões
de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de oferecer à
população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação.
É importante destacar que, nos últimos
cinco anos, o orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2
bilhão, em 2010, para R$ 2,9 bilhões, em 2015. Além disso, os contratos
do Ministério da Saúde com os laboratórios produtores de vacinas estão
em andamento e os pagamentos em dia.
Fonte: Blog da Saúde
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